quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

10 mitos sobre a dor lombar!


Foto de NBfisio.

A dor lombar é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. Apesar das pesquisas e dos gastos com a saúde, a incapacidade associada a dor lombar continua a aumentar. Actualmente, há uma ampla aceitação na comunidade científica de que as tentativas de diagnosticar e tratar a dor lombar com base em modelos e crenças biomédicas falharam em grande parte.

Os resultados das pesquisas sobre os mecanismos de dor têm ajudado a modificar a compreensão da dor crónica entre os profissionais de saúde. Há evidências de que o conhecimento, as atitudes e as crenças dos profissionais de saúde sobre a dor crónica estão a melhorar. No entanto, ainda parece haver a presença de muitos mitos que são difundidos por profissionais mas também estão presentes na crença do população em geral.


MITO 1. Dor na coluna é comum e normal!
Oitenta por cento da população sofrerá um episódio de dor na coluna lombar durante a sua vida. Ter dor na lombar é como ficar cansado ou triste; não gostamos, porém isso ocorre em algum momento para quase todo nós. O que não é comum no entanto, é não se recuperar de um episódio de dor na coluna. A maioria dos episódios de dor aguda nas costas tem prognóstico excelente. Nas duas primeiras semanas após um episódio agudo de dor, a maioria das pessoas descreve uma melhoria significativa dos seus sintomas, com 85% das pessoas recuperando completamente aos três meses. Apenas um pequeno número de pessoas desenvolve problemas persistentes e debilitantes.


MITO 2. Exames complementares de diagnósticos, NEM SEMPRE são necessários!

Ambos, profissionais da saúde e população geral, consideram com frequência a requisição de imagens radiológicas/TAC's/RM´s ‘só para ter a certeza’ se tem algo mais sério a causar a dor lombar. No entanto, todas as fontes de evidência sugerem que os exames de diagnóstico revelam informações importantes em apenas 5% (ou menos) dos casos de indivíduos com dor lombar.

Com base nos sintomas e história médica de um indivíduo, uma breve consulta com um profissional de saúde credenciado permite identificar se o os exames complementares de diagnóstico são realmente necessários!

MITO 3. Ficar de repouso na cama não ajuda!

Nos primeiros dias após a lesão inicial, evitar actividades agravantes pode auxiliar na redução da dor, da mesma forma como se faria na presença de dor em outra parte do corpo, como após um entorse de tornozelo. Porém, existe forte evidência científica de que manter-se activo e retornar gradualmente a todas actividades usuais, incluindo trabalho e hobbies, são importantes auxiliares na recuperação. Pelo contrário, repouso prolongado na cama não ajuda, e está associado com maiores níveis de dor, incapacidade física, recuperação menos favorável e abstinência do trabalho por períodos mais longos.

MITO 4. Mais dor nas costas não significa mais lesão na coluna!

Talvez pareça estranho, mas, hoje em dia, nós sabemos que sentir mais dor não significa, necessariamente, que há mais lesão. Em última análise, dois indivíduos com a mesma lesão podem sentir níveis diferentes de dor. O nível de dor percebido pode variar de acordo com uma série de factores, incluindo a situação na qual a dor ocorre, experiências passadas, humor, medo, níveis de stress e a forma de lidar com a dor. Além disso, o nosso sistema nervoso tem a habilidade de regular o quanto de dor uma pessoa sente em qualquer momento. Caso a pessoa tenha dor na coluna, é possível que o seu sistema nervoso se tenha tornado hipersensível e esteja a fazer com que a pessoa sinta mais dor, mesmo após o entorse ou estiramento inicial ter cicatrizado.

MITO 5. Cirurgia raramente é necessária!

Apenas uma pequena porção das pessoas com dor na coluna requerem cirurgia. A maioria das pessoas com dor na coluna consegue geri-la mantendo-se ativa, desenvolvendo uma melhor compreensão a respeito do significado de dor e identificando os fatores envolvidos na sua dor. Isso deve ajudar as pessoas a continuarem com as suas atividades de vida diária, sem ter que recorrer à cirurgia. Em média, os resultados de cirurgia de coluna, a médio e longo prazo, não são melhores do que intervenções não-cirúrgicas, como exercício físico.

MITO 6. Mochilas de escola são seguras – preocupar-se, talvez não!!!

Muitas pessoas acreditam que as crianças ao carregar mochilas pesadas para a escola têm mais probabilidade de dor na coluna. No entanto, pesquisas nesta área não encontraram este relacionamento, revelando que não há diferença no peso da mochila entre as crianças que desenvolvem e aquelas que não desenvolvem dor nas costas. Contudo, se uma criança – ou os seus pais – acredita que a sua mochila é muito pesada, esta criança tem mais possibilidade de desenvolver dor nas costas, ilustrando a importância do medo no desenvolvimento de dor na coluna. Tendo em vista as preocupações a respeito de inactividade e obesidade em crianças, carregar a mochila talvez seja uma simples e saudável estratégia para as crianças fazerem um pouco de exercício físico.

Foto de NBfisio.


MITO 7. A postura sentada perfeita talvez não exista!

Deveríamos todos sentar com uma postura erecta?
Ao contrário da crença popular, nenhuma postura sentada específica demonstrou ser capaz de prevenir ou reduzir dor na coluna. Diferentes posturas sentadas funcionam para diferentes pessoas!

Algumas pessoas dizem que sentem mais dor sentando numa posição completamente erecta, enquanto outras reclamam quando se sentam curvadas.

A habilidade de VARIAR a nossa postura, em vez de manter sempre a mesma, juntamente com a aprendizagem a com a capacidade de se mover de maneira confiante, relaxada e com variabilidade é importante para pessoas com dor na coluna.

Foto de NBfisio.


MITO 8. Stress, mau humor e preocupação influenciam a dor na coluna!

A maneira como nos sentimos pode influenciar a quantidade de dor que experienciamos. A dor na coluna pode ser activada após mudanças dos níveis de stress, ansiedade e humor nas nossas vidas. Da mesma forma que estes factores estão ligados a outras condições de saúde como síndrome do intestino irritável e cansaço. Como resultado, gerir os níveis de stress, humor e ansiedade realizando actividades que se goste, pode oferecer grande benefício no auxílio contra a dor na coluna.

Foto de NBfisio.

MITO 9. Exercício físico é bom e é seguro!

O exercício regular ajuda a manter o corpo e a mente saudáveis, e reduz a dor e o desconforto.

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MITO 10. Dor persistente na coluna PODE melhorar!

Tendo em vista que dor na coluna está associada a diversos factores que variam de indivíduo para indivíduo, os tratamentos, que abordem os factores relevantes para cada um deles, podem ser eficazes.

Através da correcta identificação e abordagem dos diferentes e principais factores que influenciam o bem-estar de cada indivíduo, a dor pode ser reduzida significativamente e as pessoas podem viver uma vida mais feliz e saudável!

(Fonte: Irish Society of Chartered Physiotherapists)

NBfisio – Osteo_Fisio_Meso_Nutrição_Pilates
“A sua saúde em boas mãos”

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